OTHONIEL MENEZES O PRÍNCIPE DOS POETAS NORTE-RIO-GRANDENSES

domingo, 22 de maio de 2022

OTHONIEL MENEZES DE MELO

 


Nasceu na rua das Laranjeiras, nº 16, no bairro da Cidade Alta, Natal (RN), no dia 10 de março de 1895, e faleceu no Rio de Janeiro (RJ) em 19 de abril de 1969, aos 74 anos. Foi sepultado no Cemitério São Francisco, no Caju (RJ). Filho de João Felismino de Melo e Maria Clementina Menezes de Melo, foi poeta, jornalista e ensaísta. Estudou no Colégio Santo Antônio (atual Marista) e no Atheneu. Serviu o Exército e em Macau (RN) foi promotor público em 1926, época em que publicou, no jornal Folha Nova, vários poemas. De volta a Natal, escreveu para os jornais Diário de Natal e A República, sendo redator e secretário deste. Em 1947, publicou o ensaio “Ferreira Itajubá, o drama da vida de província” no jornal O Democrata, reeditado na Revista da ANRL, nº 8, de 1970.

Em 1952, Othoniel lançou o livro Sertão de espinho e de flor: aspectos do panorama físico e social dos sertões Norte-Rio-Grandense (poesia e notas), publicado pelo Departamento de Imprensa Oficial, sendo diretor deste, à época, o poeta Antônio Pinto de Medeiros. Othoniel doou a primeira edição à União

da Mocidade Espírita Norte-Rio-Grandense, como concurso do autor à construção do Albergue Noturno de Natal, parte integrante do plano de assistência social Nosso Lar, a ser executado pela mesma agremiação.

Em 1955, editou A canção da montanha (poemas), obra referente à fase modernista. Modinheiro, autor de vários poemas que foram musicados por grandes músicos da época, compôs o poema “Alice” (11/11/1922), musicado pela imortal Carolina Wanderley. Esse poema musicado fez enorme sucesso e ainda hoje integra o repertório de seresteiros, entre outras belas modinhas. É autor do famoso poema “Serenata do pescador”, mais conhecido como “Praieira”, musicado por Eduardo Medeiros no ano de 1923. Praieira foi tão tocada na época que o governo municipal de Natal decidiu considerá-la canção da cidade, por meio do Decreto-Lei nº 12, de 22 de novembro de 1971. Esse hino vem sendo cantado como bandeira musical da cidade há 94 anos.

Othoniel Menezes foi redator do jornal A Liberdade – Órgão Oficial do Governo Popular Revolucionário do Rio Grande do Norte, que teve um único número e circulou no dia 27 de novembro de 1935, numa quarta-feira (acervo do acadêmico Manoel Onofre Júnior). Também foi membro da Academia Potiguar de Letras. Dá nome a uma rua no bairro de Santos Reis, em Natal, e ao Prêmio Municipal de Poesia. Seu busto em bronze, elaborado pelo escultor Ari Medeiros, foi chantado no Jardim do Palácio Potengi – Pinacoteca do Estado. Sua famosa canção inspirou o nome da rua Praieira, na zona norte de Natal; da opereta Praieira dos meus amores, de 1967; do livro Praieira, a canção da Cidade do Natal, 1993; assim como do CD Todos cantam Praieira, lançado em 2003 pelo Trio Irakitan. Em 2007, a música foi samba-enredo da escola de samba Balanço do Morro; no ano de 2002, foi nome do prato típico do chef Alexandre Gurgel. A escalada poética de Othoniel Menezes foi o título da conferência proferida pelo Cônego Jorge Ó Grady, no Centro Norte-Rio-Grandense, no dia 22 de julho de 1971, na homenagem então prestada à memória do poeta potiguar.

 

Othoniel Menezes foi o primeiro sucessor e segundo ocupante da cadeira 23 Período na ANRL: de 1958 a 1969 (11 anos)

 

Presidência de Manoel Rodrigues de Melo

Eleição: 1/5/1958

Posse: não fez o discurso

Presidência de Manoel Rodrigues de Melo Necrológio: Newton Navarro Representando os familiares, Francisco Menezes (irmão do imortal) Dia: 3/5/1969 Publicado na Revista da ANRL, n. 10, ano XXI, 1972

Presidência de Manoel Rodrigues de Melo

OBRAS PÚBLICADAS

1918 Gérmen (poesia) 2011 Gérmen (2. ed.)

1923 Jardim tropical (poesia) 2011 Jardim tropical (2. ed.)

1923 Ara de fogo abysmos esparsos

1947 Ferreira Itajubá, o drama da vida de Província (ensaio) – trecho publicado na Revista da ANRL, n. 8, 1970 (o texto é do Acervo Dr. João Cabral Fagundes Filho)

1952 Sertão de espinho e de flor: aspectos do panorama físico e social dos sertões Norte-Rio-Grandense (poesia e notas) 2011 Sertão de espinho e de flor: aspectos do panorama físico e social dos


FONTE – LIVRO MEMÓRIA ACADÊMICA, DE LEIDE CÂMARA

 


OTHONIEL MENEZES DE MELO

  Nasceu na rua das Laranjeiras, nº 16, no bairro da Cidade Alta, Natal (RN), no dia 10 de março de 1895, e faleceu no Rio de Janeiro (RJ)...